Setor projeta recuperação após queda de 6,4% em 2025; aprovação no Senado de mudanças para blindar o PSR reacende confiança
Brasília, 11 de dezembro de 2025 — O setor de seguro rural deve voltar a crescer em 2026, com uma projeção de alta de 2,3%, após uma queda de 6,4% em 2025, segundo a Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg). A reversão é atribuída às novas regras aprovadas no Senado, que impedem o contingenciamento do PSR (Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural) — mecanismo que, em 2025, perdeu quase 50% dos recursos e desestruturou a contratação de apólices no país.
Mudanças legislativas
- Blindagem do PSR: A proposta, aprovada na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), torna a subvenção uma despesa obrigatória, reduzindo o risco de cortes orçamentários.
- Dependência da sanção presidencial: A lei ainda depende da sanção do presidente Lula, que pode vetar trechos. A decisão será determinante para confirmar a projeção positiva.
Cenário atual e projeções
- Área segurada: Apenas 7,7% da área agricultável brasileira está segurada, percentual inferior ao de outras economias agrícolas.
- Inadimplência e oscilação: A inadimplência elevada no crédito rural e a variação na produção (com alta na soja e queda no milho) criam um ambiente de recuperação gradual.
- Espaço para crescimento: A CNseg avalia que, com as novas regras, é possível uma surpresa positiva no setor.
Projeções para outros ramos de seguros em 2026
| Ramo | Crescimento esperado |
|---|---|
| Automóveis | +7,7% |
| Habitacional | +10,2% |
| Transportes | +6,6% |
| Embarcador nacional | +9,9% |
| Embarcador internacional | +9,7% |
| Transportador | +4,5% |
| Riscos financeiros | +12,5% |
| Crédito | +12% |
| Garantia | +12,1% |
| Seguros de pessoas | +8,6% |
| Capitalização | +8,5% |
| Saúde suplementar | +7,6% |
| Mercado segurador (sem previdência aberta) | +8% |
Desafios e oportunidades
- Previsibilidade: Executivos do setor destacam que o seguro rural só terá crescimento robusto se o PSR tiver estabilidade orçamentária.
- Eventos climáticos: A baixa penetração de seguros em um período de eventos climáticos extremos reforça a necessidade de políticas públicas consistentes.
Fonte: Poder360

0 Comentários