Investigação do STF apura corrupção e peculato em liberação de R$ 4,2 bilhões em emendas não aprovadas; clima político azeda às vésperas da votação do Orçamento 2026
Brasília, 12 de dezembro de 2025 — A Polícia Federal deflagrou nesta sexta-feira uma operação na Câmara dos Deputados, cumprindo mandado de busca e apreensão contra Mariângela Fialec, conhecida como Tuca, ex-assessora do então presidente Arthur Lira (PP-AL) e figura central na liberação de emendas parlamentares, incluindo o . A ação, determinada pelo ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), na destinação de R$ 4,2 bilhões em emendas de comissão no final de 2024.
Quem é Mariângela Fialec?
- Perfil: Advogada e braço direito de Arthur Lira, Tuca era responsável por gerenciar a planilha das emendas parlamentares, incluindo as emendas de relator (orçamento secreto).
- Influência: Considerada a "mulher poderosa das emendas", ela tinha poder para pressionar ministros e era procurada por assessores de todos os partidos para liberar recursos.
- Remuneração: Recebia R$ 23,7 mil brutos (R$ 17,4 mil líquidos) como assessora da liderança do PP.
- Histórico: Passou por Codevasf, Caixa Econômica Federal, BNDS e PPSA (Petrobras), instituições frequentemente usadas para distribuição de verbas políticas.
O escândalo das emendas de 2024
- Contexto: Em dezembro de 2024, Arthur Lira bloqueou o funcionamento das comissões da Câmara e liberou R$ 4,2 bilhões em emendas não aprovadas, com 40% dos recursos (R$ 73 milhões) direcionados a Alagoas, seu estado natal.
- Irregularidades: As emendas foram redirecionadas sem transparência, com 17 líderes partidários assinando pedidos de liberação sem passar pelo crivo das comissões.
- Reação do STF: Flávio Dino determinou a investigação após denúncias de desvio de finalidade e .
Impacto político
- Clima tenso: A operação ocorre às vésperas da votação do Orçamento 2026, agravando a e complicando negociações com o Palácio do Planalto.
- Repercussão: Parlamentares estão apreensivos, temendo que mensagens e documentos apreendidos no celular e gabinete de Tuca os comprometam.
- Arthur Lira: O ex-presidente da Câmara tenta se distanciar do caso, afirmando que Tuca já não é mais sua assessora, mas sim da liderança do PP.
Próximos passos
- Investigação: A PF analisará documentos e conversas para identificar beneficiários e esquemas de desvio.
- Votação do Orçamento: O conflito entre poderes pode dificultar a aprovação das contas públicas, essencial para o planejamento de 2026.
- Risco para o governo: O Ministério da Fazenda, responsável por executar o Orçamento, pode enfrentar pressões e cortes de verbas em áreas sociais.
Reação dos bastidores
- Tuca: Conhecida por ser fechada e técnica, ela era evitada pela imprensa, mas .
- Congresso: Deputados evitam comentar publicamente, mas o pavor é generalizado, especialmente entre aqueles que negociaram emendas com ela.
Conclusão
A operação expõe a fragilidade das relações entre os poderes e coloca em xeque a . O caso pode abalar ainda mais a credibilidade do Congresso e .
Fonte: Cobertura jornalística em tempo real (transmissão ao vivo).

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