A curta trajetória do Banco Master: prejuízo de R$ 10 bilhões e envolvimento de políticos e autoridades


 Liquidação extrajudicial do banco revela suspeitas de crimes e questionamentos sobre transparência no STF e no Congresso

Brasília, 15 de dezembro de 2025 — A liquidação extrajudicial do Banco Master deixou um prejuízo estimado em pelo menos R$ 10 bilhões, além de indícios de crimes e do e do governo do Distrito Federal. O caso tem gerado polêmica e questionamentos sobre a transparência das investigações e possíveis conflitos de interesse no Supremo Tribunal Federal (STF) e em outras esferas do poder público.


O caso Banco Master

  • Prejuízo: O banco acumulou dívidas bilionárias, resultando em sua liquidação extrajudicial e em um rombo de pelo menos R$ 10 bilhões aos cofres públicos e a investidores.
  • Suspeitas: Há indícios de irregularidades envolvendo empréstimos, desvio de recursos e favorecimento político, com a participação de caciques do Congresso e do governo do Distrito Federal.

Questionamentos sobre transparência

  • Sigilo no STF: O ministro Dias Toffoli, do STF, aumentou o grau de sigilo sobre o processo que investiga o Banco Master, limitando o acesso da CPMI do INSS a informações financeiras e mensagens trocadas pelo banqueiro Daniel Vorcaro. A decisão gerou desconfiança, já que Toffoli não fundamentou adequadamente a medida, levantando suspeitas de que o sigilo poderia dificultar a apuração dos fatos e proteger envolvidos.

Possíveis conflitos de interesse

  • Viagem controversa: Toffoli viajou para Lima (Peru) para assistir à final da Libertadores em um jato particular, na companhia de Augusto de Arruda Botelho, advogado de um dos envolvidos no caso Master. Menos de uma semana depois, Toffoli recebeu o processo por sorteio e atendeu a um pedido da defesa, aumentando o sigilo das investigações. Ele afirmou não ter discutido o caso durante a viagem, mas a coincidência gerou desconfiança.

  • Contrato milionário: A colunista Malu Gaspar revelou que o Banco Master tinha um contrato de R$ 3,6 milhões por mês (total de R$ 130 milhões em três anos) com o escritório de advocacia de Viviane Barci de Moraes, esposa do ministro Alexandre de Moraes, do STF. Embora Moraes não participe diretamente do caso, a situação levanta questões éticas, especialmente porque o STF onde parentes trabalham (desde que não atuem diretamente no caso).


Repercussão e críticas

  • Falta de transparência: Especialistas e jornalistas criticam a falta de clareza nas investigações, que poderiam ser conduzidas de forma mais aberta para evitar suspeitas de impunidade e favorecimento político.
  • Pressão por mudanças: O caso reforça a necessidade de revisão do código de conduta do STF, especialmente em relação a conflitos de interesse e transparência em processos envolvendo figuras públicas.

Próximos passos

  • Investigações: A CPMI do INSS e outros órgãos de controle continuam apurando as irregularidades no Banco Master, mas enfrentam dificuldades devido ao sigilo imposto.
  • Cobrança por respostas: A sociedade e a imprensa seguem cobrando explicações sobre o envolvimento de autoridades e a destinação dos recursos públicos usados na tentativa de salvar o banco.

Fonte: Jornal O Sul

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